Você tem alguma moeda antiga guardada em casa? Fique atento, porque algumas peças podem render uma boa grana, mesmo que possuam um valor monetário baixo no país.
Na verdade, o colecionismo de moedas não costumava despertar o interesse de muitas pessoas no Brasil, mas essa realidade vem mudando nos últimos anos. Isso porque, desde 2016, com a realização das Olimpíadas na cidade do Rio de Janeiro, o tema passou a atrair diversos brasileiros.
Para celebrar a realização do evento esportivo mundial no Brasil, o Banco Central lançou uma coleção de moedas olímpicas, composta por 16 modelos de 1 real de algumas modalidades olímpicas e paraolímpicas e dos mascotes do evento. Entretanto, esse universo possui muitas camadas além das moedas olímpicas.
Entenda o que é numismática
Em resumo, as pessoas que estudam, pesquisam e se especializam em cédulas, moedas e medalhas, sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico, recebem o nome de numismatas. O termo também é utilizado para designar o colecionismo desses objetos, e esse mundo está em franca expansão no país.
Quando o Banco Central lançou as moedas olímpicas, houve uma verdadeira corrida entre os brasileiros para adquirirem as peças exclusivas de 1 real. O sentimento era parecido com o que as pessoas têm em relação a álbuns de figurinhas, e muitos não descansaram até conseguir todos os itens da coleção olímpica.
Atualmente, ainda há pessoas dispostas a pagarem caro pelas moedas das Olimpíadas, bem mais do que 1 real, que é o valor monetário das peças. Isso acontece porque os modelos adquiriram um valor bem mais expressivo devido a vários fatores.
Em, suma, algumas características incomuns reduzem as chances que as pessoas têm de encontrar os itens em circulação no país. Por isso que seus valores crescem tanto, mesmo que possuam um valor monetário baixo.
No geral, a demanda costuma definir o valor dos modelos. Assim, quanto maior for a procura pela peça, mais cara ela tende a ficar no país, uma vez que as pessoas adquirem os itens pela sua raridade, e não por seu valor monetário.
Moeda comemorativa de 10 CENTAVOS vale R$ 150
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro para colocá-lo em circulação, conforme os pedidos feitos pelo Banco Central. Em algumas ocasiões, como datas comemorativas e momentos de celebração, o BC costuma solicitar a fabricação exclusiva e limitada de alguns exemplares.
Geralmente, são estes modelos que costumam valer uma fortuna devido à sua quantidade restrita, como as peças das Olimpíadas. Esse também é o caso da moeda de 10 centavos apresentada neste texto, que possui a seguinte descrição no site do BC:
“O Banco Central do Brasil lançou em 31 de maio de 1995, moedas de R$ 0,10 com motivo alusivo à celebração dos cinquenta anos da Food and Agriculture Organization – FAO, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, e tiragem limitada a 1.000.000 de peças“, informa a entidade.
A tiragem limitada e a fabricação em celebração aos 50 anos da FAO tornaram a moeda ainda mais valiosa que as demais. Além disso, a peça possui uma falha de cunhagem conhecida como data marcada, que também ajudou a valorizá-la no país.
Em síntese, a data foi cunhada no reverso, mas ultrapassou o disco e acabou aparecendo, levemente, no anverso. Esse erro elevou o valor do modelo para R$ 150.
Colecionadores buscam itens raros
Cabe salientar que os colecionadores procuram peças raras, com características incomuns. Aliás, as principais peculiaridades buscadas nas peças são:
- Antiguidade;
- Erro de fabricação;
- Poucas unidades em circulação no país;
- Produção para data ou evento comemorativo;
- Tiragem baixa.
Segundo especialistas, as pessoas devem ter cuidado ao armazenar as moedas e não devem manuseá-las com as mãos nuas. O mais indicado é utilizar luvas para que não haja desgaste do material, pois as moedas que mantêm suas formas originais costumam valer bem mais que os modelos gastos.
Por fim, os colecionadores desejam itens sem arranhões e marcas. Logo, aquelas peças que tenham essas características valem bem mais que as demais, justamente por manterem suas formas originais.
As pessoas que tiverem interesse de vender moedas raras para colecionadores podem entrar em grupos de colecionadores em redes sociais ou acessar lojas especializadas na compra e na venda destas peças,
Além disso, podem participar de leilões destes itens, pois oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das peças a preços mais elevados, bem como buscar plataformas online como Mercado Livre e Shopee, pois possuem muitos usuários interessados em colecionar moedas raras.