O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma parte fundamental da vida profissional de todo brasileiro. Em 2025, as regras para o desconto do INSS no salário dos trabalhadores continuam a seguir o modelo progressivo, implementado nos últimos anos. Este sistema, embora possa parecer complexo, é, na verdade, uma forma mais justa de calcular as contribuições previdenciárias.
A tabela progressiva do INSS em 2025
A tabela progressiva do INSS é o coração do sistema de contribuição previdenciária no Brasil. Em 2025, ela mantém a estrutura implementada nos anos anteriores, com alíquotas que variam conforme o salário do trabalhador. Este modelo foi desenvolvido para tornar o sistema mais equitativo, fazendo com que quem ganha mais contribua proporcionalmente mais.
Estrutura das alíquotas
A tabela do INSS para 2025 é dividida em quatro faixas salariais, cada uma com sua respectiva alíquota:
- Primeira faixa: 7,5% para salários até R$ 1.518,00
- Segunda faixa: 9% para a parcela entre R$ 1.518,01 e R$ 2.666,68
- Terceira faixa: 12% para a parcela entre R$ 2.666,69 e R$ 4.000,03
- Quarta faixa: 14% para a parcela entre R$ 4.000,04 e o teto de R$ 7.786,02
É importante ressaltar que essas alíquotas não são aplicadas sobre o salário total, mas sim sobre as parcelas correspondentes a cada faixa. Isso significa que, mesmo que um trabalhador receba um salário que o coloque na faixa mais alta, ele ainda pagará as alíquotas menores sobre as parcelas iniciais de seu salário.
O teto do INSS
O teto do INSS é o valor máximo sobre o qual incide a contribuição previdenciária. Em 2025, esse valor está fixado em R$ 7.786,02. Isso significa que, para salários acima desse valor, o desconto do INSS será sempre o mesmo, calculado sobre o teto, independentemente de quanto o trabalhador ganhe além desse limite.
Esta regra do teto é particularmente relevante para profissionais com salários mais elevados, pois limita o valor máximo de contribuição, mas também restringe o valor máximo de benefícios que podem ser recebidos do INSS no futuro.
Como calcular o desconto do INSS
Para entender melhor como funciona o desconto do INSS na prática, veja o exemplo de cálculo. Assim você pode ter uma compreensão de como é aplicada e como o desconto é calculado em situações reais.
Ex: Salário de R$ 2.000,00
Para um trabalhador com salário bruto de R$ 2.000,00, o cálculo seria feito da seguinte forma:
- Primeira faixa (até R$ 1.518,00):
- R$ 1.518,00 x 7,5% = R$ 113,85
- Segunda faixa (de R$ 1.518,01 até R$ 2.000,00):
- R$ 2.000,00 – R$ 1.518,00 = R$ 482,00
- R$ 482,00 x 9% = R$ 43,38
- Total do desconto:
- R$ 113,85 + R$ 43,38 = R$ 157,23
Neste caso, o trabalhador terá um desconto total de R$ 157,23 referente ao INSS.
Impacto do desconto do INSS no salário líquido
O desconto do INSS tem um impacto significativo no salário líquido dos trabalhadores brasileiros. É importante compreender como esse desconto afeta o valor final que será recebido, bem como sua relação com outros descontos e benefícios.
Relação entre salário bruto e líquido
O salário bruto é o valor total que o empregador paga ao funcionário antes de qualquer dedução. O salário líquido, por outro lado, é o valor que o trabalhador efetivamente recebe após todos os descontos obrigatórios, incluindo o INSS.
A diferença entre o salário bruto e o líquido pode ser substancial, dependendo da faixa salarial do trabalhador. Em geral, quanto maior o salário bruto, maior será o impacto percentual do desconto do INSS, até o limite do teto.
Outros descontos que afetam o salário
Além do INSS, outros descontos podem afetar o salário líquido do trabalhador:
- Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF): Calculado com base em uma tabela progressiva própria, após a dedução do INSS.
- Contribuição Sindical: Quando aplicável, geralmente descontada uma vez ao ano.
- Vale-transporte: Limitado a 6% do salário bruto, quando o benefício é utilizado pelo empregado.
- Plano de saúde: Se oferecido pela empresa e aceito pelo funcionário, pode ser descontado do salário.
- Pensão alimentícia: Quando há determinação judicial.