O Ministério do Trabalho e Previdência informou na semana que o Brasil criou 201,7 mil vagas de emprego formal em junho deste ano. O resultado mostra que o país registrou uma quantidade bem maior de admissões do que de demissões no sexto mês de 2024.
A saber, a quantidade de vagas formais de emprego geradas no país cresceu 29,5% em relação aos números observados em junho de 2023, quando o Brasil criou 155,7 mil empregos formais. Essa comparação é a mais indicada, pois evidencia os dados do mesmo mês em anos diferentes.
Além disso, não é mais adequado fazer comparações com os dados referentes a anos anteriores a 2020, pois o governo federal do ex-presidente Jair Bolsonaro modificou a metodologia do levantamento. A propósito, todo os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Contratações no Brasil chegam a 2,07 milhões em junho
De acordo com os dados do Caged, o mercado de trabalho brasileiro teve os seguintes números em junho deste ano:
- Contratações: 2,07 milhões;
- Demissões: 1,87 milhão.
Com o acréscimo do resultado de junho, o Brasil passou a registrar um saldo de 46,8 milhões de empregos com carteira assinada.
Veja os números de vagas por setor econômico
O levantamento do Ministério também mostrou que o setor de serviços se destacou na criação de empregos formais no Brasil em junho de 2024, algo que acontece em praticamente todos os meses.
Confira abaixo quantas vagas foram criadas em cada setor pesquisado:
- Serviços: 87.708 postos de trabalho;
- Comércio: 33.412 postos de trabalho;
- Indústria: 32.023 postos de trabalho;
- Agropecuária: 27.129 postos de trabalho.
- Construção: 21.449 postos de trabalho.
Em resumo, o setor de serviços liderou a criação de empregos no país em junho, já que o setor é considerado o grande empregador do país. Os números cresceram 26,5% em relação a maio, quando o setor criou 69.309 postos de trabalho. A propósito, o setor respondeu por 43,5% das vagas criadas no país.
Embora os números dos serviços tenham crescido, o grande destaque de junho foi o comércio. Em suma, o setor havia criado 6.375 vagas de emprego no país em maio, ocupando a última posição no ranking nacional, mas os números cresceram 424,1% e o setor subiu para a segunda posição.
Por sua vez, a indústria, que havia registrado o segundo menor número de vagas criadas em maio, subiu uma posição no ranking. O número de postos de trabalho cresceu 76,5% em relação a maio (18.145 vagas), sinalizando o fortalecimento do setor no país.
Já os setores da agropecuária e da construção foram os únicos a caírem no ranking nacional em junho. Ainda assim, ambos registraram aumento no número de vagas criadas (36,8% e 18,2%, respectivamente), mas os avanços foram os mais leves do mês, o que explica a perda de posições dos setores.
Veja o ranking de vagas criadas por região brasileira
O Ministério do Trabalho também revelou dados sobre as regiões brasileiras. Em junho, houve a abertura de vagas em todas as regiões do país. Veja os dados de cada uma delas:
- Sudeste: 93.681 postos de trabalho;
- Nordeste: 45.940 postos de trabalho;
- Centro-Oeste: 23.100 postos de trabalho;
- Norte: 18.261 postos de trabalho;
- Sul: 15.287 postos de trabalho.
A região Sudeste liderou o ranking nacional em junho, com o número crescendo 10,6% em relação a maio (84.689 postos de trabalho). Aliás, a região concentrou 46,4% da quantidade total de vagas criadas no país, ou seja, quase metade dos postos de trabalho gerados em junho.
Por sua vez, a região Nordeste teve um desempenho ainda mais forte no mês. A região fechou o mês com uma alta de 44,7% no número de postos de trabalho criados em relação a maio (31.742 postos), respondendo por 22,8% das vagas nacionais.
Na terceira posição ficou Centro-Oeste, que havia ocupado a quarta posição do ranking em maio. A região registrou um aumento de 149% na quantidade de vagas de emprego formal geradas em comparação com maio (9.277 postos).
Por sua vez, o Norte também teve números mais fortes em junho, crescendo 84,2% em relação a maio (9.912 vagas), mas recuando uma posição no ranking nacional.
Na última posição ficou o Sul, mas vale destacar a recuperação da região no mês. Isso porque, em maio, o Sul foi a única região do país a registrar fechamento de postos de trabalho (-9.824). Esse dado negativo ocorreu devido às fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul no início de maio.
Por fim, os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada, não incluindo os trabalhadores informais do país. Portanto, os dados não são comparáveis às informações levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD).